sexta-feira, agosto 15, 2008

Ana Luiza prepara estampas do verão da Apoena

Antes de vir para o Rio de Janeiro, o Finíssimo foi conferir na unidade ‘Chão de Fábrica’ da faculdade Itec/AD1 a produção das estampas da coleção de verão da Apoena, a ser apresentada no próximo dia 10, terça-feira. A professora Ana Luisa Olivette e o aluno Luciano Thedoro explicam como funciona o processo manual.

Veja o vídeo com o processo de estamparia:

Tudo começou há 80 dias, quando Kátia Ferreira apresentou para Ana Luísa o conceito bucólico da coleção, inspirada na música dos Beatles ‘When I’m 64’. Daí veio a idéia de representar um piquenique na passarela. Borboletas, flores, colorido. Um futuro bonito e em contato com a natureza.

Unidade ‘Chão de Fábrica’ da faculdade Itec/AD1 no Pólo de Moda do Guará

Estampa ‘desenvolvida pela professora Ana Luisa Olivette

Cerca de 10 metros de tecido cambraia foram estampados para o desfile carioca

A professora criou os desenhos e o próximo passo foi preparar as telas de pintura em uma máquina de luz. O tecido de poliéster é vazado e é disposto em molduras de madeira. Cada cor tem uma tela. Daí vem uma metragem bem demorada e delicada de calibrar a distância das várias telas para formar um desenho único. São quatro cores: amarelo, vermelho e dois tons de azul. Uma versão é toda colorida e outra é apenas com o contorno. Multiplicam-se todas por dois, já que são duas estampas, total de dez telas.

A pintura propriamente dita é feita cor a cor. Marca-se a tela, espalha-se a tinta parte a parte. Ao mesmo tempo que a tela é levantada, passa-se o secador quente para fixar a tinta. Depois do tecido todo estampado, entra a vez das bordadeiras recortarem e aplicarem o belo trabalho reconhecido internacionalmente. Em uma versão algumas partes são preenchidas com linha, em outras (mais caras) ela ganha o bordado - por isso há a versão com contorno.

Máquina para queimar a chapa de poliester

Quatro cores completam a estamparia: amarelo, vermelho e dois tons de azul

O processo é demorado porque é manual. “Estamos fazendo as peças-pilotos que serão apresentadas no desfile. Depois com as encomendas faremos mais tecidos. Tudo é feito aqui na faculdade para a Apoena, já que a quantidade não é muito extensa”, explica Ana Luisa. Em Brasília não há processo industrial de estamparia. Para mandar para fora o mínimo são 500 metros de tecido por cor. O mecanismo é assumido por máquinas e cilindros.

Ana Luisa calibra distância no processo de pintura cor a cor para formar a estampa desejada

Luciano Theodoro seca a tinta com secador quente para adequada fixação

Luciano Theodoro, aluno do 5º semestre de estilismo, é um dos mais aplicados da instituição. Além de trabalhar em todas as semanas de moda de Brasília, vai novamente ao Rio dar uma força ao desfile. Enquanto isso, rala com a professora Ana Luisa para terminar o material da passarela.

Esta é a segunda vez que a faculdade tem participação no desfile da Apoena e patrocina o desfile carioca da marca. As estampas de toda a coleção são financiadas pela AD1 desde janeiro.

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